Opús da paz
Eu vou seguir a burguesia
fumando dois maços de cigarro por dia
e destilando os absurdos reais
que o cotidiano tournou-os banais.
Viciada, drogada, acabada, completamente terminada,
mas isso não importa agora
porque quando chegar a hora
eu vou saber fugir
Vou continuar soprar a vida pro alto
Me embriagando de futilidades
e sempre botar colírio
limpando a visão do futuro de responsabilidades
O verde vem da folha
Ecologia de vida
Entrando na mente
Aumentando a ferida
O buraco negro cresce sob meus pés
Mas o trago da fuga me abastece
Com todas as atividades eternamente inertes
Ao convívio com os seres de mesma espécie
Estupidamente agitados
Exterminio dos exaltados
veias, entranhas
Avise que são estranhas
Entrada de cobras
Será que não percebemos a força que temos
De sentir o pús da paz
O podre da alegria
E dizer que é tudo apenas contra monotonia
Terriveis maltratados
Calor insano
Finalmente
Status
Thais Maia e Aline Marques 02.08.2000
Por aqui viaja a palavra!
Beber arte, comer cultura, me alimentar de realidade poética...
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