nesta caminhada incansável
nestes olhares que não me dizem nada
a lambina do gato sobre o pelo
me emociona mais que minha imagem no espelho
Quando só o poema te acompanha
Existe poesia na bagunça da noite?
Será egoista dizer sgora o que vejo?
Menospresando meu desejo, afirmo,
mais uma vez sinto no útero do meu parto,
só sou eu aqui nesse quarto,
ventilando certas opniões,
que ficaram obcuras na falta do ouvinte
Sera a calda da feniz o quê procura a gata
ou só mais uns suspiro de fumaça,
produzo texto quando já não há com quem dialogar
e me sinto a dona da noite
na segurança hipocrita do meu fácil alcançar
vejo o celular que daqui a pouco tocara por mim
e nada importa, nada consiste, nada condiz,
senão o eu escrevendo agora
sinto tanto o que motiva e nada o que me traduz
melhor assim,
que perfurar sonhos sem intensão,
que mergulhar sonhos sem prévia respiração
e me dá um susto quando me vejo
com a faca e o quiejo na mão
porém sem fome,
sem doutrina ou ambição.